quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Cris Cybrog alega injustiça com a disputa pelo cinturão peso pena sem ela


A brasileira Cris Cyborg, campeã peso pena do evento Invicta, e vinda de duas vitórias incontestáveis no UFC, contra Leslie Smith e Lina Lansberg, em uma divisão de peso intermediário entre galos e penas (63,5kg), não terá desta vez a tão sonhada oportunidade de disputar o cinturão de sua divisão, os penas (65,7 kg).

 A oportunidade ficará para Holly Holm, que vem de duas derrotas seguidas entre os galos, para Miesha Tate e Valentina Shevechenko, e Germanie de Randamie, que após ser derrotada por Amanda Nunes, emplacou duas vitórias seguidas, sobre a brasileira Larissa Pacheco, e a dinamarquesa Anna Elmose. Cyborg no entanto, pelo retrospecto, diz-se a verdadeira campeã da divisão, já que não é derrotada há dez anos, e segundo ela, era a lutadora que merecia a chance.

 - Apenas dois meses atrás não existiam lutadoras para a categoria dos penas feminino. Agora eles (o UFC) colocam uma garota com duas derrotas consecutivas lutando pelo título só para me desrespeitar. Quando você não tem um ranking legítimo pega alguém com um cartel de 1-5 contra alguém que é 10-0. Aí você tem pessoas como eu esperando de fora. A pior parte é que eu lutei por essa divisão. Não recusei uma disputa de cinturão, só pedi por uma data em março. Dez anos (sem perder): sem divisão e sem respeito. Lembram quando Ronda Rousey recebeu o cinturão do UFC em uma coletiva de imprensa? Eu sou a real campeã. O UFC deu a Ronda Rousey um ano para se preparar para seu cinturão. Eles não podem me dar duas semanas. Sou a campeã mundial. Essa divisão foi feita pra quem? Estou cansada de trabalhar para um patrão que não gosta de mim. Sempre faço o meu melhor quando luto esperando que Dana White possa respeitar isso. Mas não importa quantas lutas eu vença, isso não vai mudar. Isso é pessoal, não é esporte. Sou a campeã mundial, ninguém me vence. Isso não é uma disputa de cinturão - disparou a brasileira, em sua conta no Twitter.

 Dana White no entanto, argumentou que a luta foi oferecida diversas vezes a brasileira, e que a mesma recusou, dizendo que não podia bater o peso até Fevereiro, quando o mandatário planejava realizar o combate.

 'Se nós estamos desrespeitando a Cyborg? Ela disse que não consegue bater o peso da nova categoria em oito semanas. Nós oferecemos uma segunda e uma terceira luta, e ela negou todas. Com tudo que tenho que lidar na minha vida, a última coisa em que eu pensaria é: 'Vamos nos juntar para desrespeitar Cris Cyborg'. Eu tinha duas lutadoras que queriam disputar o cinturão peso-pena. Estamos falando de profissionais. Nós a contratamos porque ela nos disse que conseguia bater o limite do peso-galo. Quando não conseguiu, nós criamos a divisão dos pesos-penas e mesmo assim ela não quis lutar", criticou.

 Em caso de vitória de Holly Holm, um confronto com Ronda Rousey valendo a revanche da última disputa, onde Holm saiu vencedora, também não está descartada.

 "Esse é o negócio da oportunidade. Quando a chance aparece, você não a deixa escapar. Se não fizer isso, a oportunidade vai embora e você nunca mais a vê. Se Holly Holm vencer e se tornar campeã, e o cenário tiver Ronda Rousey campeã também, eu garanto que as pessoas vão querer ver essa revanche em 2017", contou.

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